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Residencial Geriátrico La Vie Rose

Estudos identificam o impacto das atitudes e emoções na longevidade

Na última década, a ciência começou a mostrar novas e surpreendentes relações entre o nosso comportamento e os segredos da vida longa.

Qual o impacto de nossas atitudes na duração de nossas vidas? Até pouco tempo atrás, não havia como avaliar isso, mas na última década, a ciência da longevidade deu um salto. Descobriu um novo caminho para entender melhor a relação entre nosso comportamento e os segredos da vida longa.

Desde as descobertas da bioquímica australiana Elizabeth Blackburn, ganhadora do prêmio Nobel, uma parte do DNA ganhou especial atenção dos pesquisadores: os telômeros, as extremidades em cada ponta dos cromossomos.

“O telômero é uma parte do DNA que à medida que as células vão se multiplicando, ele vai diminuindo de tamanho. E a ciência nos sugere que quando este telômero atinge um determinado tamanho, a célula para de se multiplicar, e a célula morre”, explica o geriatra Emílio Moriguchi.

Os telômeros não contém código genético, mas protegem o DNA e são importantes a cada divisão celular. Entre os fatores que encurtam os telômeros – e com isso prejudicam a vida longa e saudável – estão: a gordura abdominal, mas também a raiva e a desconfiança das pessoas, o pessimismo, os pensamentos negativos e aquelas mágoas, ressentimentos de que não conseguimos nos livrar.

“Famílias que vivem juntas tem encurtamento de telômero mais lento. Um artigo sugeria isso. O pessoal da pediatria e nós nos interessamos porque eles estavam pesquisando as crianças, as famílias e as gerações juntas. E resolvemos começar este projeto”, conta o Doutor Emílio.

O Projeto Quatro Gerações e vai acompanhar bisavós, avós, pais e filhos ao longo do tempo. Além das medidas e exames, são feitas entrevistas que vão além da comida, do exercício. Mas que vão mostrar também como estas pessoas encaram a vida. Heranças e atitudes. Afinal, por ali, já se sabe que comida, não é apenas comida. ”A comida feita por amor, com amor, ela sai melhor. Tu tá fazendo a comida lá, as vezes está cansada, mas eu faço com amor né? Comida para aqueles que tem que chegar, comida pronta assim, tudo o que tu faz com amor, vale a pena”, afirma Dona Clotilde.

É o que todos querem na família Fratta. Chegar lá e bem como a Dona Clotilde. No domingo, tem capeletti, é claro. Dona Clotilde colhe o carinho que plantou ao longo de nove décadas de vida. Receita de uma vida rica, saudável e longa, sim. Mas, especialmente: feliz.

G1 – Globo Repórter